“Os Irmãos Karamázov” – F. Dostoiévski

Os Irmãos Karamazov

Compartilhar qualquer coisa sobre um clássico da magnitude de “Os Irmãos Karamázov” parece uma tarefa desafiadora. É difícil encontrar palavras que ainda não tenham sido ditas sobre uma obra tão aclamada. No entanto, posso compartilhar minha experiência pessoal ao ler esse livro de Fiódor Dostoiévski.

Se Deus não existe, tudo é permitido?

Publicado em 1880, “Os Irmãos Karamázov” é um universo completo encapsulado em algumas centenas de páginas. O enredo gira em torno de três irmãos distintos: Dmitri, o mais velho, é um homem apaixonado e emotivo. Ivan, o filho do meio, é um ateu racional assombrado por seus próprios demônios. Aliócha, o mais novo, é um homem religioso, compassivo e essencialmente bom.

Além dos irmãos, outros personagens são fundamentais na trama, como o desprezível pai deles, Fiódor, a esposa de Dmitri, Cátia, e Grúchenka, amante que se divide entre o pai e o filho Dmitri (método peculiar de fortalecer os laços familiares). Há também Kólia, um admirador de Aliócha, e Smierdiakov, um possível filho ilegítimo de Fiódor Karamázov, e a personificação do mau.

Quero viver até o fim na minha sujeira. Na imundice é que é mais doce: todos falam mal dela, mas nela todos vivem, só que às escondidas, enquanto eu sou transparente.

Por meio de personagens complexos, vozes polifônicas e um senso de humor refinado, Dostoiévski parece explorar todos os sentimentos e temas que são caros para nós leitores. Amor, ódio, perdão, paternidade, religiosidade, existencialismo, entre outros, são alguns temas dessa obra. Tive a sensação de que todas as emoções que já experimentei tem um lugar aqui. É uma obra que me vejo lendo várias vezes ao longo da minha vida e nunca sendo capaz de esgotar os ensinamentos.

Considerada a síntese da obra do autor, “Os Irmãos Karamázov” é amplamente reconhecida como uma das maiores obras literárias de todos os tempos. Aqui você encontra temas do livro “Crime e Castigo”, “O Idiota”, “Notas do Subsolo”, entre outros. Dostoiévski planejava escrever uma continuação, mas infelizmente faleceu antes de concretizá-la.

Todos os caracteres disponíveis são pouco demais para falar sobre esse livro, e embora minha contribuição possa parecer pequena, acredito que nunca é demais falar sobre a grandeza de “Os Irmãos Karamázov”.

[…] às vezes se fala da crueldade bestial do homem, mas isso é terrivelmente injusto e ofensivo com os animais: a fera nunca pode ser tão artisticamente e esteticamente cruel. O tigre simplesmente dilacera, e é só o que sabe fazer. Não lhe passaria pela cabeça pregar as orelhas das pessoas com pregos por uma noite mesmo que pudesse fazê-lo.

“Não existe nada mais sedutor para o homem que sua liberdade de consciência, mas tampouco existe nada mais angustiante.”

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